Olá
Suzete Fraga
Suzete Fraga: nasceu a 29 de janeiro de 1978, em Azurém, Guimarães. Concluiu o ensino secundário em 2011, através das Novas Oportunidades. Iniciou a atividade laboral aos 17 anos como embaladora numa empresa têxtil. Apesar da decadência do setor, a ocupação profissional mantém-se até aos dias de hoje.
Foi na escrita que descobriu a sua tábua de salvação; uma forma de viver mil vidas para além daquela em que é refém. A ousadia de sonhar resultou na edição do seu primeiro livro “Almas Feridas”, em 2016, experiência que deseja repetir. Até lá, embarca em aventuras coletivas com os irmãos de letras, como é o caso das obras “Antes quebrar que torcer” e “Além”.
5 de agosto de 2024
ALMAS REBELDES
Quem nunca levou um tabefe e ousou dizer que não doeu, não sabe o que é correr pela vida, nem o gozo que daí advinha. No entanto, a vida é isto mesmo: dançar no fio da navalha e, mesmo desfeito, troçar das pancadas e ganhar asas nos pés.
Não podemos evitar as vicissitudes da vida, mas podemos encará-las com rebeldia e humor. É esse o segredo para equilibrar a balança que, por vezes, pende teimosamente para o lado cinzento. Cabe a cada um de nós contrariar o peso, rindo até da nossa pouca sorte, se for o caso. Quando se procura a conjuntura perfeita para sorrir, corre-se o risco de morrer sem estrear o sorriso. E essa seria a maior das derrotas.
15 de dezembro de 2021
DEUSAS, FADAS E BRUXAS
Este tema é isso mesmo: um convite à imaginação. Senão vejamos. Os deuses existiram ou existem? As fadas são reais ou imaginárias? As bruxas estão por aí, espreitando a ocasião para nos fazer mal?
Perante a incerteza, o que restava para responder ao desafio? Viajar pelo mundo dos sonhos, entrar num planeta de fantasia e, assim, poder escrever.
Sem querer repetir-me, penso que o uso das palavras comporta isso mesmo. Aliando a imaginação ao bom uso da Língua Portuguesa, os textos vão fluindo… inventam-se personagens que, a dada altura, ganham autonomia e quase mandam no autor. Quase?...
2 de outubro de 2019
ALÉM
Sendo o tema muito abrangente, ou pelo menos, suficientemente abrangente para permitir todas as interpretações, cada um dos autores criou aquilo que lhe parece ser demonstrativo desse espaço imaginado: um espaço onde se pode ir sempre mais além.</p>
<p class="font_8">O além, não está aqui, mas além. E onde é esse além? Onde o quisermos situar, mas como somos nós que estamos “aqui” temos de nos esforçar por colocar em palavras o que pode existir além.
16 de março de 2021
HISTÓRIAS DA CHUVA E DO VENTO
Qualquer história poderá sempre ser da chuva, do vento, do que quisermos, pois nós próprios somos um acaso que se constrói ao sabor dos elementos que sujeitamos e nos sujeitam. Somos vento, chuva, tempestade, acalmia, onda, rio, nascente, leito, foz. Dificilmente as imagens animadas, que ganham corpo dentro de nós enquanto lemos, serão apagadas algum dia. Esse é o poder da palavra escrita — fica impressa, por vezes marcada a fogo dentro do leitor.
10 de maio de 2017
ANTES QUEBRAR QUE TORCER
Com a queda da praça de Chaves ante as forças invasoras sob comando do marechal Soult, em 12 de Março de 1809, dá-se início àquela que ficou conhecida como a Segunda Invasão Francesa. Do dia 12 até ao dia 29, as tropas napoleónicas seguirão o caminho para o Porto, via Braga, deixando um rasto de destruição e morte que culminará no tristemente célebre episódio da Ponte das Barcas. Os invasores só serão expulsos do Porto a 12 de Maio. Duzentos anos volvidos, a recordação desses dias terríveis ainda fazem parte das memórias do povo em ditos populares, vocabulário, histórias e monumentos.
13 de abril de 2020
HERANÇAS
"Não há presente sem passado e o futuro não acontecerá sem estes dois estádios de vida. Dito isto com a erudição que nem La Palice inventaria, volto à praça da vida para confirmar esta certeza: é a memória que nos liga aos outros e a nós mesmos, é a memória que nos justifica em tantos momentos, é a memória dos sonhos e dos desafios que nos faz continuar."