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Deveria Estar Habituado


Na realidade, é até tudo muito simples.

Um Adeus, não quero mais,

E tudo termina quase como começou.

Só o mundo fica como estava, mesquinho, egoísta e invejoso.

Quanto a nós…Nunca mais será como era antes,

Jamais o sol brilhará como brilhava,

Nem o calor aquecerá como aquecia.

Mas sim, o mundo ficará como antes,

Não acabará, excepto da forma como o via.

Já não deveria estranhar…Já aconteceu antes e por diversas vezes.

Cada vez que te ias embora

E eu sem saber se voltavas.

Todo o fim de semana que chegava

E eu ignorando se voltaria a falar-te.

Em cada ida de férias

E eu deseperando se te veria mais.

Mas há coisas que não mudam nunca

E o mundo não muda pelo nosso amor,

Desenganem-se os poetas e calem-se os trovadores.

O meu coração não consegue quebrar-se em mais bocados

Está estilhaçado e dividido mas ainda reconhece o conjunto.

Não é por querer muito uma parte, quase até à loucura,

Que vai ignorar e abandonar a outra

A quem deve tanto e pagou tão pouco.

Há coisas que não mudam nunca

E não vai mudar nunca o amor que sinto por ti.

Não vai desaparecer nunca

A alegria que sinto ao ouvir a tua voz.

Não se desvanecerá nunca

O calor que sinto ao enfrentar os teus olhos.

Não se evaporará nunca

O prazer que senti em cada momento contigo.

Mas eu já deveria ter-me habituado.

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